terça-feira, 13 de maio de 2014

A COPA DO MUNDO NO BRASIL QUE NÃO FOI NOSSA

                  O futebol, acredito, pode ser o esporte mais popular do mundo, o que mais emociona, mais agrega, o mais apaixonante e mexe mais com o coração de todos os que gostam dessa atividade esportiva. Num estádio de futebol, inexplicavelmente, hoje chamado de "arena", todo mundo parece ser igual. Um gol, é um momento de confraternização da torcida. Todos se abraçam sem se conhecer um ao outro, tudo pela vitória do clube preferido.
              No momento em que antecede a segunda "Copa do Mundo" no Brasil, é muito grande a expectativa em torno desse evento. Para quem o vive pela primeira vez, é plenamente justificável. É fantástico. São dias de expectativa, otimismo. Coração pulsando forte, cheio de confiança nos jogadores convocados, naturalmente, os melhores que vão compor a Seleção Brasileira. Alguns já participaram de uma Copa, outros irão pela primeira vez.
                      Ha 64 anos, vivi a primeira "Copa do Mundo" no Brasil. Lembro-me do time titular  do Brasil. Salvo engano, era o seguinte: Barbosa, Augusto e Juvenal; Bauer, Danilo e Bigode; Friaça, Zizinho, Jair, Ademir e Chico. Era um timaço. Jogava uma bola redondinha,  Todos os brasileiros estavam convictos de que o Brasil seria o campeão daquela  Copa Julie Rimet. Foi num domingo a final da copa - Brasil e Uruguai. O Estadio Municipal do Maracanã, construído com capacidade para mais de 100 mil pessoas - o maior estádio de futebol do mundo, estava lotado. O Brasil, começa jogando muito bem e faz o primeiro gol. Explosão em todo País. Euforia total. Nesse momento, eu estava no estádio do Paysandu,  que jogava com o Clube do Remo. O serviço de alto falante do estádio anunciou o gol do Brasil. Imagine como foi aquele instante. Vibração total. É possivel que o jogo tenha ´paralisado naquele instante para que se comemorasse aquele gol. Não lembro bem. É claro, naquele tempo, o sistema de comunicação no Brasil era precaríssimo. Para se ter ideia, as transmissões de futebol do Rio ou São Paulo eram tão ruins que as vezes eram dubladas pelo saudoso Edyr Proença, locutor esportivo da Rádio Clube do Para, a PRC-5. O contraste aconteceu quando o Uruguai empatou o jogo. Foi o primeiro silêncio. E silêncio maior foi quando o atacante uruguaio Gigia, fez 2 a 1. Meu Deus do Céu! Silencio total em todo Brasil. Jamais, nenhum brasileiro de sã consciência poderia pensar ou estava preparado para uma derrotado do Brasil, jamais! Infelizmente aconteceu. Perdemos, dentro de casa uma "Copa do Mundo" que nunca  poderíamos perder.
                           Então, depois dessa experiência, não quero me entusiasmar com esta segunda "Copa do Mundo" no Brasil, para não ter a segunda decepção.
                           Mas estou otimista. Apenas não quero me entusiasmar. Vamos torcer, numa corrente pra frente,  para que sejamos campeões do mundo pela sexta vez. 
                             AVANTE BRASIL !