terça-feira, 23 de junho de 2009

Pólo Marajó: Lima é reconduzido à Presidência

Em reunião realizada no dia 19 passado, sexta-feira, por aclamação, João Lima (eu) foi reconduzido à Presidência do Fórum Regional de Turismo do Polo Marajó - Foremar. Na vice, ficou Romualdo Angelim, enquanto na primeira secretaria a Dislene Pereira e na segunda, a Secretaria de Turismo de Salvaterra, Marcileia. Essa Diretoria deverá gerir os destinos do Fórum pelo bienio 2009/2011.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Eleição no Fórum do Polo Marajó

No próximo dia 19, sexta-feira, o Forum Regional de Turismo do Polo Marajó, estará se reunindo no auditorio Rodolpho Engelhard, da Prefeitura Municipal de Soure em primeira convocação, às 10 horas e em segunda, às 10:30, para escolher a nova diretoria, que deverá gerir o Foremar no periodo de 2009 a 2011. Ficam convidados todos os participantes.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Agora a Governadora Vem

Finalmente, está prevista para próxima segunda feira, dia 22 de junho, a vinda da governadora, para a viagem inaugural do barco Álamo que devera cobrir a rota Belém-Camará. Como se sabe sua vinda foi transferida, em virtude da posse da Prefeita de Santarém, Maria do Carmo, a quem foi prestigiar. Aguardemos, pois.

As Diferenças de Duas Épocas

É muito bom termos a oportunidade de poder comparar as épocas em que vivemos. Ao lembrar-me do Navio Presidente Vargas, me veio à memoria uma fase em que a Ilha de Marajó tinha força política e econômica. Época em que a pecuária marajoara era respeitada e forte no Pará. Época em que ser fazendeiro no Marajó, era mais que "status", era ser rico, era ter poder. Nas decadas de 40 a 60, era o Marajó que abastecia de carne o mercado de Belém e uma boa parte do Estado do Pará. Era o Marajó quem abastecia Belém de peixes, atraves de suas canoas geleiras.
Uma prova da força do Marajó, foi a compra pelo governo federal de uma frota de navios, onde um deles foi destinado a ligar o Continente à Ilha. Antes,(decada de 40 e parte de 50) o Marajó, mais precisamente Soure, era servida por um navio - chamado gaiola - que chegava a fazer a viagem Belém Soure, em até 10 horas.
Bom, mas a frota a que me refiro, foi contruida na Holanda, na década de 50, composta de cinco navios, a chamada "frota branca", constituida dos Navios: Augusto Monte Negro, Leopoldo Peres, Lobo d'Almada, que navegavam ligando Belém a Manaus, Presidente Vargas, ligando Belém a Soure e uma chatinha (não lembro o nome), embarcação de baixo calado que serviria para navegar em aguas rasas, ligando Manaus ao Acre.
Como se verifica, realmente o Marajó era visto pelos Poderes Constituidos do País de maneira diferente a ponto de ter um navio construido num dos maiores estaleiros do mundo, a Holanda. Poderiamos dizer que era a força do Marajó, pedindo e recebendo. Pra cá veio o Banco da Amazonia, depois, no inicio do debacle veio o Banco do Brasil
Mas o tempo passou. Os fazendeiros, os patriarcas, foram sendo substituidos pelos herdeiros, que começaram, com o advento da estrada Belém-Brasilia, a transferir para novas terras seus rebanhos, onde acharam que podiam criar o boi com mais facilidade, plantando capim que lhe poderia dar um maior ganho de peso aos animais. Com isso o Marajó foi enfraquecendo até chegar onde está.
No meu entendimento, debilitado, sem força e sem prestígio. Seus politicos dispersos, incapazes de formar um bloco coeso e firme que possa exigir o que é de direito ao Marajó.
Quando comparamos o ontem com o hoje, quando verificamos a diferença entre as épocas, concluimos que tivemos mais perdas do que ganhos. Se compararmos as embarcações atuais, todas elas que ligam a Ilha a Belém, não se comparam, nem de longe, com o que tinhamos antes.
Precisamos trabalhar e muito para sair desta situação. Vamos arregaçar as mangas e cair no trabalha para tirar a diferença.

Navio: Que Saudades do Presidente Vargas

Ainda me lembro daquele 03 de junho de 1972. Mais jovem, nos meus 33 anos, estava designado para assumir minhas funções na Agencia de Soure do Banco da Amazonia. Me foi dada a oportunidade escolher. Dentre outras, eu escolhi a Cidade de Soure para trabalhar por um período de dois anos e estou vivendo aqui ha 37 anos. Confesso que não sei porque. Nada me vinculava a esta Cidade. Soure, eu conhecia apenas a frente, de passagem, quando ia para Salvaterra pois, naquela época, o navio em Soure aportava. Fazer o que em Salvaterra? Ah, isso é outra história, depois eu conto.
Mas quero falar é do Navio Presidente Vargas. Naquele dia 03 de junho de 1972, um sábado, saí de Belém, para Soure, na costumeira viagem das 14:00 horas, com parada em Mosqueiro. Apesar dessa parada, às 17:30 estava aportando na chamada "Perola do Marajó". Que tal, se Soure, ao invés de pérola, fosse a "Terra dos Maruanazes". Voce aprovaria? Mas deixe pra lá. Minha viagem a Soure destinava-se a alugar casa para morar. E assim o fiz, alugando a casa da saudosa senhora Rachel Pinheiro, sobrinha do também saudoso senhor João Pinheiro (Tolé), este proprietário do Soure Hotel. Retornei a Belém, saindo de Soure às 18:00 e por volta das 21:00 ja estava em Belém.
Poxa! Dá pra ter saudades? Claro que dá.
Pois bem, o Presidente Vargas após a viagem de sábado, faria a viagem de domingo, Belém-Mosqueiro e depois viria direto para Soure, de onde voltaria para Belém.
Mas não houve volta. O navio Presidente Vargas, nunca mais voltou pra Belém
Segundo comentários da época, o Navio Presidente Vargas, teria saido na sexta feira do dique da então ENASA - Empresa de Navegação da Amazonia - aonde tinha sido submetido a uma revisão de rotina. O navio havia feito a viagem da sexta feira à noite Belém-Soure-Belém. Fizera a de sábado que, segundo comentários da época, na volta pra Belém. começara "a fazer água". No fatidico domingo, 04 de junho de 1972, tudo aconteceu. O navio o Presidente Vargas não voltou mais pra Belém. Nunca mais! AFUNDOU!. Isso mesmo, AFUNDOU! Em frente ao trapiche de Soure.
Não houve vitima, no singular mesmo. Não houve vítima. Felizmente.
Aí vêm as perguntas: Por que aconteceu? Como aconteceu? Quem foi ou quais foram os culpados? Por que o navio não foi resgatado? Enfim, essas e outras perguntas ficaram sem resposta até hoje. Lamentamos.
Agora, vejam abaixo o perfil de como era o NAVIO PRESIDENTE VARGAS.
QUE SAUDADES !
Aí está a foto do navio Presidente Vargas

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Caranguejão de Soure virou caranguejinho.

Lembro-me quando ainda era garoto e morava em Belém, ouvia vendedores gritando pelas ruas de meu bairro do Marco: “caranguejo, caranguejão de Soure!”. E o tempo passou... Vim morar em Soure, nos idos de 1972 e constatei que, realmente, caranguejo grande, era o de Soure. Porém, o que eu não sabia era que, o que poderia ser um título honroso estaria sendo o inicio do fim uma espécie de crustáceo. Sim, o que outrora fora o caranguejão de Soure, hoje não passa de caranguejinho, para não se dizer “sarará”. É uma pena que as providencias tomadas – há bem pouco tempo - pelos órgãos envolvidos com o meio ambiente, no sentido de coibir a captura desordenada do caranguejo, tenham sido de forma incorreta. Como a captura do caranguejo tornou-se uma atividade econômica, foi criado o “defeso”, para não prejudicar o caranguejeiro. Claro ele precisa viver. “Defeso” é o período em que o caranguejo sai de suas tocas, anda pelo manguezal, acontece o acasalamento e, naturalmente, daí, a procriação,. No período do “defeso” fica proibida a captura do caranguejo. Até aí, tudo bem. O interessante, é que se orientou o caranguejeiro, a não capturar a fêmea do caranguejo, ou melhor, a “condurua”. Entretanto, entendemos que o “defeso” deveria ser por um período muito mais longo ao invés dos poucos dias em que o caranguejo “anda”. Deveria ser proibido, mesmo, a captura do macho e da fêmea. Conversando com um caranguejeiro ele me falava: “do que vale deixarem a fêmea (condurua), se não tem macho”. Então é hora de se fazer uma reflexão sobre o assunto, de modo se possa impedir o extermínio desse crustáceo, que ainda tem contra si, além do predador homem, a própria natureza que enche os manguezais de areia.