sábado, 29 de janeiro de 2011

O PASSAR DO TEMPO

            O passar do tempo é muito interessante.  Felizes àqueles a quem Deus dá o dom da longevidade, em perfeitas condições de saúde física e mental.  Acredito tenha sido EU um dos privilegiados. No dia 23 de janeiro completei 72 anos. E quando rememoro o que ficou pra trás, é impressionante. Infancia-fase sem compromisso com nada, apenas estudar. Por sinal, fiz o curso primário no Grupo Escolar Paulino de Brito que ainda fica na Avenida Almirante Barroso, antiga Avenida Tito Franco, porém com sua arquitetura bastante modificada. Que tempo legal. As minhas professoras, Clarices (foram três-a Marques Dourado-diretora,  a Cavalcante  Pires e terceira cujo sobrenome não consigo recordar, mas que me deixou uma frase que talvez tenha me servido de norte. Ela  me dizia quando me misturava com os indisciplinados da classe:   "Pinheiro, se te juntares aos bons, serás um deles. Se te juntares aos maus, serás pior que eles") e  Cleide, ainda me lembro delas. As duas Clarices, muito boazinhas, aturavam os indisciplinados alunos. Mas a diretora Clarice Marques e a Professora Cleide, muito ríspidas. A diretora botava ordem, no grupo inteiro e a professora   na sala de aula. Não davam refresco à garotada. E quando lembro da "Tito Franco" me vem à memória  aquela avenida com trilhos dos bondes, das mangueiras, que na época de inverno, ao sair do grupo escolar aproveitava para juntar mangas. Dos trilhos do trem, por onde passavam as "marias fumaças". Dos campos do Paysandu e do Remo, hoje com suas estruturas diferentes. Hoje, não existem mais, naturalmente, os trilhos, os bondes e nem os trens. Ah, eu morava na Travessa Chaco. Era uma rua em que os postes de iluminação pública ficavam no meio, com valas pelas laterais, em boa parte tinha cobertura de matos e quando chuvia a lama fazia parte do cenário. Mas hoje está tudo diferente. Mudou tudo pra melhor. Minha  juventude, foi muito legal. Tinha um grupo de jovens de cabeça muito legal.e unido. Sabendo das carencias do local em que se morava, fundou-se um clube o "Apache Clube" onde se reuniam rapazes e moças. Nessa época, coincidentemente, estava surgindo o "Conjunto Sayonara". A aparelhagem da época era a "Copacabana". O período da juventude foi muito bom. Aliás, foi ótimo. Ao sairmos da juventude, entramos na fase de responsabilidade. Àquela em que se vai à luta, em busca da consolidação da vida. E em busca de melhores dias, trabalhava de dia  e estudava à noite.  E assim foi... Estudando no Colégio "Ciencias e Latras" me formei em tecnico em contabilidade. Alias, enquanto estudava, trabalhava em diversas oficinas gráficas de Belém, como tipógrafo, inclusive nos extintos  jornais "A Província do Pará" e "Folha do Norte". Foi um bom aprendizado de vida. Depois das oficinas gráficas, trabalhei no também extinto "Jornal do Dia" nos setores de revisão e redação. Para finalizar esse tour empregaticio passei pela Importadora de Ferragens e através de concurso, entrei no Banco da Amazônia, onde encerrei carreira como gerente. Apesar de trabalhar no interior da Amazônia, foi muito bom. E agora no meus 72 anos, continuo numa boa. Apesar de aposentado, continuo em plena atividade, como micro empresário de hotelaria, através da Paracauary Eco Pousada  e colaborando na administração Prefeitura de Soure, como Secretário Municipal de Turismo, Esporte e Cultura. Acredito que ainda tenho muitas histórias ou  estórias para contar, mas isso fica pra depois.

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