O passar do tempo é muito interessante. Felizes àqueles a quem Deus dá o dom da longevidade, em perfeitas condições de saúde física e mental. Acredito tenha sido EU um dos privilegiados. No dia 23 de janeiro completei 72 anos. E quando rememoro o que ficou pra trás, é impressionante. Infancia-fase sem compromisso com nada, apenas estudar. Por sinal, fiz o curso primário no Grupo Escolar Paulino de Brito que ainda fica na Avenida Almirante Barroso, antiga Avenida Tito Franco, porém com sua arquitetura bastante modificada. Que tempo legal. As minhas professoras, Clarices (foram três-a Marques Dourado-diretora, a Cavalcante Pires e terceira cujo sobrenome não consigo recordar, mas que me deixou uma frase que talvez tenha me servido de norte. Ela me dizia quando me misturava com os indisciplinados da classe: "Pinheiro, se te juntares aos bons, serás um deles. Se te juntares aos maus, serás pior que eles") e Cleide, ainda me lembro delas. As duas Clarices, muito boazinhas, aturavam os indisciplinados alunos. Mas a diretora Clarice Marques e a Professora Cleide, muito ríspidas. A diretora botava ordem, no grupo inteiro e a professora na sala de aula. Não davam refresco à garotada. E quando lembro da "Tito Franco" me vem à memória aquela avenida com trilhos dos bondes, das mangueiras, que na época de inverno, ao sair do grupo escolar aproveitava para juntar mangas. Dos trilhos do trem, por onde passavam as "marias fumaças". Dos campos do Paysandu e do Remo, hoje com suas estruturas diferentes. Hoje, não existem mais, naturalmente, os trilhos, os bondes e nem os trens. Ah, eu morava na Travessa Chaco. Era uma rua em que os postes de iluminação pública ficavam no meio, com valas pelas laterais, em boa parte tinha cobertura de matos e quando chuvia a lama fazia parte do cenário. Mas hoje está tudo diferente. Mudou tudo pra melhor. Minha juventude, foi muito legal. Tinha um grupo de jovens de cabeça muito legal.e unido. Sabendo das carencias do local em que se morava, fundou-se um clube o "Apache Clube" onde se reuniam rapazes e moças. Nessa época, coincidentemente, estava surgindo o "Conjunto Sayonara". A aparelhagem da época era a "Copacabana". O período da juventude foi muito bom. Aliás, foi ótimo. Ao sairmos da juventude, entramos na fase de responsabilidade. Àquela em que se vai à luta, em busca da consolidação da vida. E em busca de melhores dias, trabalhava de dia e estudava à noite. E assim foi... Estudando no Colégio "Ciencias e Latras" me formei em tecnico em contabilidade. Alias, enquanto estudava, trabalhava em diversas oficinas gráficas de Belém, como tipógrafo, inclusive nos extintos jornais "A Província do Pará" e "Folha do Norte". Foi um bom aprendizado de vida. Depois das oficinas gráficas, trabalhei no também extinto "Jornal do Dia" nos setores de revisão e redação. Para finalizar esse tour empregaticio passei pela Importadora de Ferragens e através de concurso, entrei no Banco da Amazônia, onde encerrei carreira como gerente. Apesar de trabalhar no interior da Amazônia, foi muito bom. E agora no meus 72 anos, continuo numa boa. Apesar de aposentado, continuo em plena atividade, como micro empresário de hotelaria, através da Paracauary Eco Pousada e colaborando na administração Prefeitura de Soure, como Secretário Municipal de Turismo, Esporte e Cultura. Acredito que ainda tenho muitas histórias ou estórias para contar, mas isso fica pra depois.
sábado, 29 de janeiro de 2011
ESTOU VOLTANDO...
Após um lapso de tempo, volto à minha divagação e devagar. Na verdade, preciso exercitar a mente, ja que não tenho a pretensão de transformar meu "bloguinho" num periódico informativo. Utilizo este espaço para externar o meu momento. Aliás, minha ausência, foi motivada por alguns fatores alheios à minha vontade, pois minhas ocupações quotidianas não me estavam permitindo dar uma paradinha para os momentos de divagação. Mas estou voltando e a volta é uma das coisas boas da vida. Oxalá, bom seria se todas as idas tivessem as voltas. Ah... seria muito bom! Imagine-se voltar, após uma viagem longe da familia por algum tempo. É muito bom, ser recebidos pelos filhos e pela mulher amada. É só festa, alegria. Muito legal meeeesmo. E hoje, me sinto como se estivesse voltando pra casa e sendo recebido, não pelos meus familiares, mas pelos quatro pacientes e bondosos seguidores, aos quais deixo os meus mais sinceros agradecimentos. Por sinal, agradeço também aos leitores que, eventualmente, dão uma "espiadela" no meu bloguinho".
Dito isto, vamos em frente.
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